domingo, 22 de maio de 2022

Mestre Aparecido Coelho

Mestre Aparecido Coelho

O artista plástico José Aparecido Coelho, filho de Francisco Coelho e Maria Tereza de Jesus, nasceu no dia 17 de abril de 1968 na cidade de Brejo Santo-CE. Mudou se para a cidade de Belém do São Francisco-PE aos 5 anos, e, portanto, considera-se belemita de coração.  


Iniciou seus estudos na Escola Monsenhor João Pires e desde cedo desenhava e pintava demonstrando uma nata aptidão as artes plásticas. O contato do artista com os bonecos gigantes começa ainda na infância com seu pai Francisco que era carregador de Vitalina. 


No ano de 2000 participou das oficinas da UNISOL - Universidade do Rio Grande do Sul, com o projeto Universidade Solidária, conduzindo a restauração dos bonecos gigantes sertanejos que ganharam novas característica e feições mais suaves. Participou da cenografia do filme longa-metragem Légua Tirana da Mont Serrat Filmes, além de também produzir decorações de rua para ocasiões carnavalescas e eventos culturais como festas juninas e natalinas, tendo pintado mais de mil quadros na sua carreira, desenvolve ainda escultura e letreiros em metal.

Aparecido Coelho é um multiartista que há cerca de 25 anos trabalha na confecção de bonecos gigantes, garantindo a manutenção da cultura pernambucana.

 
 

 

Jacilda Mendes

 Jacilda Mendes

 

 Jacilda Mendes é natural de Belém do São Francisco- PE. Filha dos agricultores João Cipriano dos Santos e Maria Ingraça Mendes Santos. Graduada em Letras- CESVASF 2001.  Especialização em Língua Portuguesa e Literatura – CESVASF, 2005. Graduada em Pedagogia- UESSBA, 2018. Especialização em PSICOPEDAGOGIA - FACULDADE SANTA HELENA, 2009. Mestre em Educação UNISAL/ MERCOSUL, 2016. Doutorado em Educação UNISAL/ MERCOSUL, 2018. Professora na rede estadual de ensino com 22 anos de experiência na área.  Bacharel em Psicologia -FACESF, 2021. MASTER EM PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA, Coach, Hipnóloga, Especialista em Inteligência Emocional, Analista Comportamental. Fundadora do método AFA: Arte de Fazer Acontecer. Mentora de mulheres ajudando a enfrentar os desafios sendo quem são. Influenciadora de estudantes para a arte da escrita e vencer o medo de se expressar. 

 

Ajuda o estudante a encontrar o gosto pela leitura e a escrever e publicar o primeiro livro. Aprovada em 9 concursos públicos, ensina como conquistar a aprovação. Poetisa e autora do livro 70 Inspirações Poéticas. Coautora dos livros Chegando mais longe, Rainhas que Influenciam e Mulheres Diamantes vivendo o seu propósito.  Jacilda é palestrante e tem uma linda história de superação que teve início aos 10 anos de idade. 

Instagram: @jacildamendes.oficial
Facebook: Jacilda Mendes
YouTube: Jacilda Mendes
E-mail: jacildamendes@gmail.com

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Alex Axé

 Alex Axé

Alexandro Rodrigues Pinto (Alex Axé) nasceu em Belém do São Francisco, no dia 20 de março de 1973. Filho de Matilde Filomena Rodrigues e Onofre Rodrigues Pinto, batizou seu nome artístico (fantasia) de Alex Axé, por seu pai ser pernambucano e sua mãe baiana, o que lhe deu assim, raízes culturais dos dois estados. Alex Axé sempre trouxe no sangue a veia musical, pois seu pai era tocador de violão na noitada com os amigos. No entanto, seu primeiro instrumento, foi a bateria onde chegou a tocar profissionalmente na Banda Flor de Hortelã, do sanfoneiro Valmir do Acordeon. 

Banda esta que na época estava sediada na cidade de Paulo Afonso-BA. Ao tomar gosto pelo canto, Alex Axé passou a fazer parte de corais de igrejas, e frequentar os palcos das diversas escolas onde estudou, fazendo - o assim, ganhar mais admiração dos amigos e conterrâneos, e o trazendo para os primeiros contatos com o violão, onde toca até hoje, e que o fez também descobrir através dele, o dom de compor. 

 

Ao enveredar suas veias pelo caminho da composição, Alex Axé se tornou autor de várias músicas homenagens, dentre elas (Bom belemita eu sei que sou), obra esta, que algumas pessoas chegaram a comparar com o hino municipal, devido a sua letra forte e beleza, e (Um coração de Inclusão - Homenagem ao Projeto Reviver) música esta que fala das crianças com necessidades especiais. Alex Axé transitou com suas composições, pelos mais variados ritmos tais como forró, axé, frevo, e músicas românticas, fazendo assim, a alegria de quem acompanha sua trajetória musical, e levando assim sua mensagem positiva a todos que curtem seu som e estilo diferenciado.

 


 

HISTÓRICO DE BELÉM DO SÃO FRANCISCO-PE


 HISTÓRICO DE BELÉM DO SÃO FRANCISCO-PE

O nome de Belém provavelmente foi uma homenagem a Nossa Senhora de Belém, padroeira da igrejinha da antiga aldeia da ilha do Araxá, hoje denominada ilha da Missão, que se situa em frente ao local onde se encontra a cidade. A igreja foi construída por frades capuchinhos franceses, por volta de 1672, tendo esses religiosos encontrado no local uma aldeia de índios araxás, que foram evangelizados por frei Anastácio d’Audierne, primeiro sacerdote que pisou as margens do rio São Francisco, em data anterior a 1670. Em 1792, durante uma grande cheia desse rio, a igreja de Nossa Senhora de Belém foi destruída, restando apenas os seus alicerces como marco inicial da história do município.

               Na segunda metade do século XVII, as terras do atual município de Belém do São Francisco pertenciam aos fidalgos da Casa da Torre, de Garcia d’Ávila. A ocupação da área teve início em meados do século XVIII, com o estabelecimento da Fazenda Canabrava, pertencente à Casa da Torre. Os moradores mais antigos acham que o nome da fazenda deve-se a uma planta silvestre chamada cana-brava, que dominava a paisagem na região ribeirinha do São Francisco. Alguns anos mais tarde, as terras da Fazenda Canabrava foram compradas aos senhores da Casa da Torre, pelo capitão-mor Manoel Gonçalves Torres.
No dia 05 de novembro de 1793, uma descendente da Casa da Torre, Ignácia Maria da Conceição, esposa do português Manoel de Carvalho Alves, adquiriu a fazenda ao capitão-mor Manoel Gonçalves Torres, pela quantia de 600 mil réis, passando a residir lá com toda a sua família. Quando eles se estabeleceram na Fazenda Canabrava, embrião de Belém do São Francisco, já não havia índios nessa região. A ilha do Araxá era então habitada por negros,
tudo indicando que eram remanescentes do Quilombo dos Palmares, de Zumbi, após sua destruição pelo bandeirante paulista Domingos Jorge Velho, em fevereiro de 1694. Da fazenda surgiu o povoado que foi transferido para o lugar denominado Belém, na mesma Fazenda Canabrava, de propriedade de Antônio de Sá Araújo, neto de Manoel de Carvalho Alves. Esse lugar, mais elevado, era mais propício ao estabelecimento de uma feira semanal e também mais seguro para o aportamento de embarcações. Assim, segundo Marlindo P. Leite (in Belém: uma cidade no Vale do São Francisco), Belém originou-se de “... um sítio de terras tendo como proprietário a Casa da Torre, e, mais tarde, uma fazenda de gado cujos organizadores foram
Manoel de Carvalho Alves e Ignácia Maria da Conceição.” No entanto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (ENCICLOPÉDIA DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS,1958), considera que a origem foi em data posterior: “Belém do São Francisco teve início com a fazenda do senhor Antônio de Sá Araújo e sua respectiva senzala, situada à margem esquerda do rio São Francisco, em terras do município de Cabrobó, aproximadamente no ano de 1830.”
        
Por volta de 1839/1840, durante uma das chamadas "santas missões" pregadas pelo padre Francisco Tavares Correia Arcoverde, foi lançada a pedra fundamental para a construção de uma capela consagrada a Nossa Senhora do Patrocínio. A construção da capela foi iniciada por Clara Carvalho, filha do primeiro casal de brancos que ocupou Belém (Manoel de Carvalho Alves e Ignácia Maria da Conceição) e terminada por seu filho Antônio de Sá Araújo e outros parentes. Concluída em 1841, a igreja foi benta e erigida capela filial de Cabrobó, em 1842. Nas suas imediações, começou a surgir um povoado. Em 1872 foram construídas as duas primeiras casas de adobe, por João de Sá Araújo (filho de Antônio de Sá Araújo) e pelo padre Francisco Tavares Correia Arcoverde, para sua residência. Já idoso, esse sacerdote ainda atuou como capelão durante cerca de 2 ou 3 anos, retirando-se em seguida. Além de Manoel de Carvalho Alves e Antônio de Sá Araújo, outras figuras que contribuíram para o progresso de Belém, nos seus primórdios, foram os irmãos João Avelino de Carvalho (Dandão) e o tenente-coronel Jerônimo Pires de Carvalho. João Avelino de Carvalho foi o criador da feira de Belém, em 1880, tornando-se conhecido por desprender-se de uma parte de sua fortuna, em benefício do desenvolvimento da cidade. Pela Lei Provincial nº 1.835, de 12 de março de 1885, a povoação passou à categoria de distrito e foi criada também a freguesia de Nossa Senhora de Belém, na comarca de Cabrobó. Essa freguesia só foi provida canonicamente em 1910, com a nomeação de seu primeiro vigário colado, o padre belga Norberto Phalampin.  

 


             Esse sacerdote se radicou em Belém, onde permaneceu até sua morte, em 1932. Foi ele que construiu a primeira casa paroquial e lançou a pedra fundamental da igreja do Menino Deus (Menino Jesus de Praga), chegando a construir a capela, onde já celebrava as missas diárias.


               A criação do distrito, com a denominação de Belém, foi confirmada pela Lei Municipal nº 2, de 1º de dezembro de 1892, como 2º distrito do município de Cabrobó. Essa informação consta da relação dos distritos de Cabrobó, anexa ao ofício datado de 10 de junho de 1893, enviada pelo prefeito desse município ao Secretário do Governo do Estado. O distrito de Belém adquiriu alguma importância e foi elevado à categoria de vila, com os mesmos limites e ainda pertencendo a Cabrobó, pela Lei Estadual nº 558, de 13 de junho de 1902. A Lei Estadual nº 597, de 07 de maio de 1903, transferiu a sede do município de Cabrobó para a vila de Belém, a qual foi elevada à categoria de cidade pela mesma lei, embora o município permanecesse com a denominação de Cabrobó. Um ofício do Conselho Municipal de Cabrobó para o governador do Estado, datado de 23 de maio de 1903, comunica a instalação do município e a inauguração da cidade” nessa data. Na "Divisão Administrativa" de 1911 o município compõe-se de dois distritos: Belém (sede) e Cabrobó. A Lei Estadual no 1.641, de 10 de maio de 1924, mudou a denominação da cidade para Belém do Cabrobó, ainda como sede do município. 

 

Na grande cheia de 1919, as águas do rio São Francisco arrasaram a quase totalidade da cidade com uma grande inundação, destruindo 56 casas e obrigando seus moradores a construir nas partes mais elevadas. A Lei Estadual nº 1.931, de 11 de setembro de 1928, em seu Art. 8º, criou o município, desmembrado de Cabrobó, permanecendo, no entanto, como sede da comarca de Cabrobó. Essa mesma lei alterou novamente o topônimo, simplificado para Belém. O município foi instalado no dia 1º de janeiro de 1929, formado apenas pelo distrito sede, situação que permanece na divisão administrativa referente ao ano de 1933. O Decreto-lei Estadual nº 235, de 09 de dezembro de 1938, incorporou a Belém o distrito de Itacuruba, desmembrado do município de Floresta. No quadro fixado para vigorar no período 1939-1943 o município aparece com dois distritos: Belém e Itacuruba. O Decreto-lei Estadual nº 952, de 31 de dezembro de 1943, que fixou a divisão territorial administrativo-judiciária para
o período 1944-1948, alterou a denominação do município (comarca, cidade, distrito) para Jatinã. Essa mudança ocorreu por força de um decreto-lei federal (na época do governo de Getúlio Vargas) proibindo haver, no Brasil, duas cidades com o mesmo nome. Como já existia a cidade de Belém do Pará, havia necessidade de mudar o topônimo. Foi então enviada uma lista tríplice ao historiador Mário Melo, na época diretor do Instituto Histórico e Geográfico de Pernambuco. Por ter preferência por nomes indígenas, ele escolheu Jatinã. Em divisão datada de 1º de julho de 1950 o município compõe-se de dois distritos: Jatinã (ex-Belém) e Itacuruba. Pela Lei Estadual nº 1.771, de 07 de dezembro de 1953, o município de Jatinã passou a denominar-se Belém de São Francisco. Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1955 o município é constituído de dois distritos: Belém de São Francisco (ex-Jatinã) e Itacuruba, assim permanecendo em divisão de 1º de julho de 1960. A Lei Municipal nº 129, de 26 de setembro de 1962, criou dois distritos: Ibó e Riacho Pequeno, cujos territórios foram formados por desmembramento do distrito sede. No dia 14 de abril de 1963 foi finalmente inaugurada a igreja do Menino Deus, cuja construção fora iniciada pelo padre Norberto Phalampin. Na inauguração foi celebrada uma missa solene, pelo padre Augusto Ferraz. Essa igreja está situada em frente ao local da antiga igreja de Nossa Senhora de Belém, na ilha da Missão. A Lei Estadual nº 4.939, de 20 de dezembro de 1963, criou o município de Itacuruba, com território desmembrado de Belém de São Francisco. Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963 o município aparece com os distritos de Belém de São Francisco, Ibó e Riacho Pequeno, assim permanecendo em divisão territorial de 2005 e de 2010. Através da Lei Municipal nº 001, de 04 de abril de 2007, foi alterado o nome do município de Belém de São Francisco para Belém do São Francisco.

 


 Fonte: http://www2.condepefidem.pe.gov.br/c/document_library/get_file?p_l_id=18393234&folderId=18394117&name=DLFE-89517.pdf

 Araxá
(lano pires)

Axará, a ilha do Araxá
Foi, foi, foi lá onde tudo começou

No tempo dos currais
No tempo de freguesia
O gado era a moeda
De toda a burguesia

Axará, a ilha do Araxá
Foi, foi, foi lá onde tudo começou

Mãe d’água queria a santa
E um anjo disse amém
Salvem Nossa Senhora
Rainha de Belém

Axará, a ilha do Araxá
Foi, foi, foi lá onde tudo começou

Do Senhor Garcia Garcia d'Ávila
Uma terra foi comprada
Surgindo uma fazenda
De nome Canabrava

Axará, a ilha do Araxá
Foi, foi, foi lá onde tudo começou

E Axará não muito além
Lá da ilha das Missões
Princesinha do Sertão
Cidade de Belém

Axará, a ilha do Araxá
Foi, foi, foi lá onde tudo começou...