sexta-feira, 15 de abril de 2022

IAGO RIBEIRO

 

IAGO RIBEIRO

Iago Ribeiro 30 anos, artista natural de Belém do São Francisco teve uma vida incluída dentro da música desde pequeno através do seu pai também musico.

 Aos 15 anos começou a dá os seus primeiros passos na música através da banda formada por amigos na escola no ensino médio (Banda Zacker), banda de Pop Rock Nacional na cidade de Petrolina – PE .

 

 Em 2012 indo para a sua cidade natal  a passeio, junto com os amigos surgiu o grupo de pagode chamado Puro Improviso . Logo em seguida passou pelas bandas Perfume do forró , grupo paixão fatal , super som terceiro grau e outras , até o ano de 2018 onde decidiu iniciar sua carreira solo de onde vem até o exato momento .

 


   BREVE HISTÓRICO

Em de 2013 comecei a cantar no grupo Paixão Fatal , onde fazíamos shows em clubes e festas particulares.

Em 2016  passei como cantor pelas bandas  Perfume do Forró ,  Grupo Paixão Fatal e Pagode Puro Improviso .

Em 2017  passei como cantor pelas bandas  Pegada Proibida,  Grupo Paixão Fatal, Puro Improviso e no mesmo ano Iago Ribeiro iniciou acústico ( Voz e violão).

Em 2018  convidado para cantar na banda Super Som 3º grau, onde fizemos a alegria do carnaval  Belemita, e nas demais datas no Puro Improviso, Paixão Fatal e Iago Ribeiro Acústico.

Ainda em 2018  montei minha própria banda que hoje leva o nome de Iago Ribeiro e Banda, onde é composta por músicos qualificados.

Com a finalidade de proporcionar ao seu público um show com qualidade musical , “Iago Ribeiro e Banda” é considerado uma “ banda completa”, pela facilidade em executar a boa música e principalmente pelas multidões que atraem em cada apresentação.

Nos anos de 2019 a 2020 Fazendo shows com a Banda Iago Ribeiro e Banda nos blocos da cidade em festas públicas e privadas na cidade e região.

Ainda no ano de 2020  Iago Ribeiro e  Banda lança música inédita de nome ‘’Controle ’’ que está sendo disponibilizada nas seguintes redes sociais : Spotify, Deezer, Instagram, rádios, facebook e Youtube se destacando no cenário musical.

 

JOÃO GRANDE

 JOÃO GRANDE
(JOÃO ANTÔNIO DOS SANTOS)

João Antônio dos Santos, conhecido carinhosamente como “JOÃO GRANDE” nasceu na Fazenda Riacho da Cobra (Município de Chorrochó-BA), no dia 15 de janeiro de 1924, filho do Sr. Antônio Manoel da Silva e da Sra. Virgilina Maria da Silva. Aos 7 anos de idade, ainda em “Riacho da Porta”, animava festejos na região tocando pífano ao do seu tio Juvenal Alves Rocha de Oliveira, este era um grande instrumentista que além do pífano, tocava a sanfona pé-de-bode.
Em 1932 chega ao Município de Belém de São Francisco-PE, ao lado da família, João Grande vai morar na “Ilha do Estreito”.


Aos 12 anos de idade, o jovem João grande começa a tocar outros instrumentos de sopro, além do pífano, sempre animando festejos na região.
Em 1945 se casa com a Sra. Josefa Maria da Conceição com quem teve ao longo dos anos 11 filhos e aproximadamente 80 netos.
Na década de 50 passa a incorporar a “Orquestra Sinfônica Dionon Pires” onde permaneceu por 35 anos, nela, João Grande exerceu um papel fundamental na condição de músico e juntamente com outros grandes músicos como o Maestro Ladislau José dos Santos apresentam-se em vários eventos culturais neste e em outros municípios circunvizinhos.
João Grande é reconhecido e muito respeitado no cenário musical, por sua condição de instrumentista, compositor e intérprete, mas acima de tudo por sua extraordinária capacidade de tocar vários instrumentos de sopro, cordas, teclado, acordeom (sanfona) e outros, versatilidade essa que lhe confere o título de “múltiplo instrumentista”.


João Grande também se destacou na condição de “contador de causos”, pois o mesmo é autor de vários contos populares e que já incorporaram o folclore típico desta região,  habilidade esta que prefere compartilhar apenas com amigos e membros da família.
Participou de vários programas da Rádio Educadora de Belém de São Francisco-PE, principalmente no programa saudoso amigo Gildo Moreno (Gildão), onde aproveitava para divulgar a sua música.
Fez parte da Associação dos Violonistas de Belém de São Francisco-PE (ASSOVIO), e se apresentou em diversos eventos musicais como o Centro de Ensino Superior do Vale do São Francisco, Rádio Educadora de Belém de São Francisco-PE, escolas e outros.
Mestre João Grande, nos últimos anos da sua vida residia com sua esposa e 4 filhos, no Sítio “Nova Olinda”, se apresentando ao lado dos filhos João, Gilvan, Nildo e Valdo e do neto Rogério com a banda de pífanos em eventos culturais nas escolas, praças públicas e feiras-livres do Município de Belém de São Francisco-PE. Faleceu no dia 30 de janeiro de 2005.

 

 

 

 

domingo, 10 de abril de 2022

Filipe Belemita

 Filipe Belemita

Nascido em Belém de São Francisco, em 18 de janeiro de 1998, cresceu com a história dita pelo Pai que nesse dia choveu, sendo sinal de bom presságio. A Mãe é paulista, mas se encantou ao visitar a raiz da família pernambucana e conhecer seu pai. Assim se apaixonaram, e no tempo das vacas magras, quando Filipe fez dois anos de idade, rumaram para São Paulo atrás de oportunidades.

 Infelizmente o retrato pintado da cidade grande não é tão colorido assim, depois de morar na casa de familiares e pular de emprego em emprego, se encontram na ocupação de um terreno, uma grande fazendo qual o dono faleceu, e não apareceu ninguém para herdar, e o trabalho onde o pai se estabilizou foi de metalúrgico, assim como o presidente que logo daria um pouco mais de esperança pra essa galera que era esquecida.
O trabalho era bom, tinha muitos direitos, tinha até plano de saúde e material escolar para Filipe e para o Irmão que vinha chegando. Mesmo assim era pesado, o Pai sempre trabalhava de domingo a domingo, e nos tempinhos de folga que tinha gostava de ensinar os filhos o que tinha aprendido da Filarmônica Dionon Pires com Mestre Lau, além do que aprendeu no campo jogando no time de Pantu.
O futebol não foi pra frente, mas a sementinha da música foi plantada em Filipe. A força da MTV e da internet influenciou demais seus gostos, andava com camisa de banda, sempre alguma coisa inglesa meio desconhecida dos anos 70, mas a primeira música que chegou perto de acertar a cifra na guitarra foi dos Engenheiros do Hawaii.
Secundarista durante o golpe contra a presidenta Dilma, começava a ver seus amigos mais velhos falando em manifestações, em pichar muros, e no cantinho da caderneta de sociologia, a tal da mais-valia. Foi Golpe, foi crise, foi Temer, e a empresa metalúrgica multinacional  começou a demitir funcionários, até que o Pai decidiu seguir o sonho de ter uma roça na sua terra, e conseguiu sair com seus direitos da empresa e de São Paulo.

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  Foram todos para Belém do São Francisco, Pai, Mãe, Irmão e Filipe. Era outro mundo, era outra coisa, outra realidade. Depois da escola veio a faculdade, e foi ali que a vivência começou a fazer sentido, as festas do sindicato, os tratores da reintegração de posse na ocupação que ele morava, o trabalho de domingo a domingo. A História foi o curso que fez Filipe entender o que estava acontecendo com ele e com o mundo. E foi também a História que lhe deu coletivamente o sentimento de pertencimento a Belém, a história da sua cidade, do Pai, do Avô e do Bisavô.
Entender os carnavais e as calçadas de avião, entender os casarios e as suas senzalas, clube branco e clube negro, ouvir a história do povo das ilhas. Mas como falar isso só com artigos? Como colocar isso pra fora através de referências teóricas? A resposta é não só com o TCC, mas com a poesia. A poesia que chega e faz lembrar dos dias de domingo, do DVD de Petrúcio Amorim tocado na rua mais nordestina de São Paulo, na voz de Santanna, na sanfona de Flávio José e no violão de Maciel Melo, são as coisas de Pai, que agora também passam a fazer sentido para Filipe.

 

 E depois tem muita coisa, tem Victor Jara, tem Violeta Parra, tem Banda Reflexu’s, tem Edson Gomes, tem Cordel do Fogo Encantado, tem Carlos Puebla, tem Zeto do Pajeú, Em Canto e Poesia, tem também Pedro Munhoz e Zé Pinto, tem Quilapayún e Luís Cília, tem também Elomar e Vital Farias, Xangai. E tem a luta de todo dia, tem Prestes, Marighella, Mauro Iasi, Gregório Bezerra, Lampião, Olga, Frida Kahlo, Almodóvar e Godard. Vem então Marcos Passos e Chico Pedrosa, e também Anchieta Dali.
Praça do Abaré, Comendador Elias José, Lano Pires, Léo Pimenta, e as violas, tantas cordas, tantas notas, tantas noites violadas. E antes de tudo vem Carlos Pinto, o artista do povo belemita, o rei não coroado, que homenageou Gildo Moreno com a canção “Cidadão Belemita”, fermentando uma identidade que só seria possível assim, sem lenço, sem documento, sem sobrenome, Filipe Belemita.