PROJETO ALIMENTAÇÃO
Enquanto o mundo busca o modelo de economia perfeito, os problemas sociais são agravados, sobretudo, pelo descaso dos governantes que tentam camuflá-los com estatísticas de exportações, recordes da produção industrial e agrícola. Com a industrialização e consequetemente a expansão da sociedade urbano-industrial, surge uma modelo de sociedade cada vez individualista onde a família nuclear vai cedendo lugar a célula monoparental. “(...)a forma de vida urbana – com famílias reduzidas e relações sociais baseadas na liberdade de decisão, haja vista a chamada liberação da mulher, com igualdade de direitos e oportunidades como os homens. São sociedades enormemente individualistas, com escassa intercomunicação pessoal e social, e com valores regidos pela competição, êxito e dinheiro.” (Piffer, 2003, p. 119). Percebe-se claramente a necessidade de um modelo de economia mais justo e mais equilibrado. É inadmissível uma situação em que um país bata recordes de safra da produção de gêneros agrícolas e que de outro lado o recorde da legião de famintos seja também superada. Morreremos para manter o desperdício de alimentos de uma minoria da classe dominante? Seremos eternos escravos de um sistema econômico que comemora o superávit comercial em cima do superávit da miséria e da pobreza? O mundo todo fala em desenvolvimento sustentável, ou seja, uma mudança do paradigma hegemônico de desenvolvimento econômico com base em princípios de justiça social, superação da desigualdade socioeconômica e construção democrática ancorada no dinamismo dos atores sociais. Esta discussão já vem sendo debatida há quase três décadas, mas sempre esbarra nos interesses econômicos, sobretudo numa produção industrial que exige cada vez mais uma maior exploração dos recursos naturais deste ameaçado e sobrecarregado planeta. Precisamos nos inspirar em grandes nomes da história da humanidade como Herbert de Souza, Dom Hélder Câmara, Irmã Dulce, Josué de Castro, Chico Mendes, Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, Buda, Martin Luther King, Desmond Tutu, Nelson Mandela e tantos outros que nos deixaram um importante legado na busca por justiça a todos aqueles que sofrem com a marginalização de sua condição humana. São referências no sonho da construção de um mundo melhor, de uma sociedade mais solidária, mais compromissada e mais participante na realização dessa idéia, afinal, “Um sonho que se sonha só é somente um sonho, mas um sonho que sonha junto é realidade”. Como apontou o grande mestre prof. Paulo Freire, a educação é o caminho para as transformações: "Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.” Partindo desses pressupostos, a Escola Monsenhor João Pires, realiza o projeto “Alimentação”, usando da arte, criatividade e talento dos alunos para desenvolver esta ação que visa através da exposição da problemática social, sensibilizar e humanizar a nossa comunidade resgatando o espírito da solidariedade e sonhando com um mundo melhor. Pode até ser um sonho, mas o que seria de nós se deixássemos de sonhar, pois o sonho ainda é o alimento da alma. Alimente essa ação, essa idéia com sonho, esperança amor e solidariedade.
prof. lano pires
Que vazio é esse?
Sinto algo dentro de mim
Algo que não sei como explicar
Veio e se apoderou de mim
E não quer mais me largar
Às vezes até esqueço-me desse vazio
Mas um barulho insiste e me faz lembrar
Me perguntando se alguém já sentiu
E fico a pensar
Quando o esqueço até que me animo
Tento não pensar nesse vazio interior
E começo a me enganar com falsas alegrias
Logo a angústia toma conta e me faz inferior
Fico sem saber o que fazer
O que faço com esse vazio que me consome
Como ser feliz e sorrir?
Com tanta gente passando fome!
Não basta ter piedade
É preciso despertar o espírito
Da solidariedade.
Aluna: Erlânia Maria da Silva
Sinto algo dentro de mim
Algo que não sei como explicar
Veio e se apoderou de mim
E não quer mais me largar
Às vezes até esqueço-me desse vazio
Mas um barulho insiste e me faz lembrar
Me perguntando se alguém já sentiu
E fico a pensar
Quando o esqueço até que me animo
Tento não pensar nesse vazio interior
E começo a me enganar com falsas alegrias
Logo a angústia toma conta e me faz inferior
Fico sem saber o que fazer
O que faço com esse vazio que me consome
Como ser feliz e sorrir?
Com tanta gente passando fome!
Não basta ter piedade
É preciso despertar o espírito
Da solidariedade.
Aluna: Erlânia Maria da Silva
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